Projetos

A Associação de Municípios Parque das Serras do Porto procura reunir recursos que contribuam para o estudo, a conservação, a valorização e o usufruto sustentável do território, nomeadamente através de candidaturas a financiamento.

Nesta secção, apresentam-se sucintamente os projetos da iniciativa da Associação de Município alvo de financiamento, já implementados ou em curso no Parque das Serras do Porto.

LIFE Serras do Porto – Adapting Serras do Porto to Climate Change, financiado pelo Programa LIFEver projeto

 ATIVO 
O projeto «LIFE Serras do Porto» tem como temática nuclear a floresta e contempla um conjunto integrado de intervenções com um elevado impacte positivo na paisagem e nos ecossistemas, além de ações de monitorização, divulgação, sensibilização e envolvimento cívico.

Está em curso até agosto de 2027.

Conheça os parceiros beneficiários, os objetivos e as intervenções previstas em  https://life.serrasdoporto.pt .

Serras do Porto Natura 2030

 ATIVO 

O projeto Serras do Porto Natura 2030, financiado pelo NORTE 2030, representa um passo decisivo para a conservação da natureza, o restauro ecológico e a adaptação às alterações climáticas no território da Paisagem Protegida Regional Parque das Serras do Porto. Abrangendo cerca de 6.000 hectares distribuídos pelos municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, grande parte inserida na ZEC Valongo da Rede Natura 2000, este projeto procura dar resposta às principais ameaças identificadas no território, como a presença de espécies exóticas e invasoras, a degradação de linhas de água, a pressão humana e a perda progressiva de habitats sensíveis.

A operação centra-se no reforço do conhecimento científico e na gestão ativa dos ecossistemas. Para isso, inclui um conjunto de ações de monitorização inovadoras, como o uso de ADN ambiental para inventariar espécies aquáticas e detetar fauna de difícil observação, a monitorização sistemática da avifauna, das libélulas, da salamandra-lusitânica e dos microbiótopos presentes nas antigas minas romanas. O projeto integra ainda a instalação de estações meteorológicas, sensores de fauna, câmaras de monitorização e um drone, que permitirão recolher dados rigorosos e acompanhar, em permanência, a evolução das áreas intervencionadas.

Um dos elementos estruturantes deste investimento é o restauro ecológico de habitats prioritários, com destaque para as charnecas secas europeias, as galerias ripícolas e as depressões turfosas. A intervenção em mais de 110 hectares visa controlar espécies invasoras como acácias, háqueas e erva-pinheirinha, promovendo a regeneração natural e a recuperação do coberto vegetal autóctone. Paralelamente, o projeto desenvolve medidas específicas de proteção de flora rara e ameaçada, como Vandenboschia speciosa, Dryopteris guanchica, Sphagnum spp., Drosophyllum lusitanicum e Palhinhaea cernua, incluindo trabalhos de reprodução ex situ e a instalação de micro-reservas.

Entre as ações mais relevantes destaca-se também a aquisição de dois terrenos na zona das Águas Férreas, em Santa Justa, área de importância crítica para a reprodução da salamandra-lusitânica e onde se localizam minas romanas consideradas refúgios ecológicos únicos. Esta compra permitirá garantir a gestão pública e contínua de um dos locais mais emblemáticos para a conservação desta espécie vulnerável.

O projeto investe ainda na reabilitação de 8,4 km de linhas de água, recorrendo a soluções baseadas na natureza para recuperar margens, estabilizar taludes, controlar espécies invasoras, melhorar a qualidade da água e reforçar a conectividade ecológica ao longo dos rios Ferreira e Sousa. Estas intervenções contribuirão para aumentar a resiliência do território a fenómenos climáticos extremos e para restaurar habitats essenciais a inúmeras espécies protegidas.

Na vertente social e educativa, o projeto implementará um plano de comunicação abrangente, com a criação de conteúdos audiovisuais, gestão de plataformas digitais e ações de sensibilização para diversos públicos. Está prevista a edição de um livro infantojuvenil, a criação de uma peça de teatro, múltiplas sessões educativas para escolas, famílias e atores locais, bem como o desenvolvimento de ações de voluntariado dedicadas ao controlo de invasoras e à plantação de espécies nativas.

Em síntese, o Serras do Porto Natura 2030 constitui uma operação integrada e de largo alcance, que alia ciência, gestão florestal sustentável, restauro ecológico e envolvimento comunitário. O projeto reforça a resiliência ambiental das Serras do Porto, promove a recuperação de habitats e espécies protegidas, aprofunda o conhecimento técnico e científico sobre o território e aproxima a comunidade do seu património natural, contribuindo para uma paisagem mais saudável, equilibrada e preparada para os desafios das próximas décadas.

Selo Produto das Serras do Porto - Valorização da Produção Local | Sustentabilidade

 ATIVO 

Selo Produto das Serras do Porto – Valorização da Produção Local | Sustentabilidade | Proximidade O Selo Produto das Serras do Porto é uma iniciativa da Associação de Municípios Parque das Serras do Porto que pretende valorizar a produção local e promover uma economia mais sustentável, saudável e de proximidade nos concelhos de Gondomar, Paredes e Valongo. O projeto reúne produtores que partilham os valores do Parque, sustentabilidade, conservação da biodiversidade e identidade cultural, criando uma rede que facilita a ligação direta entre quem produz e quem consome. Os produtos são identificados com um selo distintivo que certifica a sua origem no território e o compromisso com práticas responsáveis, agrícolas ou artesanais.
 
Além da criação da rede de produtores, o projeto desenvolveu diversos materiais e estruturas de apoio à divulgação e comercialização dos produtos locais, como um food truck itinerante, bancas móveis e sinalética em madeira, uma plataforma online, materiais pedagógicos, vídeos, um jogo educativo e ações dinamizadas em escolas e eventos. Ao longo da sua implementação, o projeto alcançou resultados expressivos: integrou mais de 30 produtores, realizou mais de 15 ações de sensibilização e dinamização, produziu mais de 1.200 materiais promocionais e lançou uma nova plataforma digital para reforçar a venda direta e o contacto com a comunidade.
 
O Selo abrange toda a área do Parque das Serras do Porto, cerca de 6.000 hectares, e amplia a sua promoção para a Área Metropolitana do Porto. Com o envolvimento das cooperativas agrícolas, escolas, autarquias, associações locais e organizações não-governamentais, o projeto tem vindo a fortalecer a ligação entre território, produtores e consumidores, incentivando o consumo local, reduzindo o desperdício alimentar e valorizando os produtos endógenos que traduzem a identidade e o sabor das Serras do Porto.

 
 

OpenSchoolS

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O OpenSchoolS é um projeto que procura reforçar a sustentabilidade e o impacto das práticas de open schooling em Portugal, promovendo a colaboração entre escolas, comunidade e diversos parceiros locais para enfrentar desafios de sustentabilidade. A iniciativa transforma as escolas em centros de inovação, onde alunos, professores, investigadores, autarquias, associações e famílias trabalham em conjunto para compreender problemas reais e desenvolver soluções concretas. Através de dois ciclos de investigação-ação, o projeto analisa e acompanha três casos distintos, num contexto urbano, periurbano e rural, para identificar fatores que garantam a continuidade, a eficácia e a evolução destas práticas educativas a longo prazo. O objetivo é criar modelos replicáveis, fortalecer competências de sustentabilidade e produzir conhecimento científico útil para a comunidade educativa e para os decisores políticos.
 
A Associação de Municípios Parque das Serras do Porto (AMPSP) contribui de forma ativa e diferenciadora para o projeto, colocando ao serviço da iniciativa a sua vasta experiência em educação ambiental, gestão do território e envolvimento comunitário. O Parque oferece um contexto privilegiado de aprendizagem ao ar livre, funcionando como um verdadeiro “laboratório vivo” onde os alunos podem explorar temas ligados à biodiversidade, à gestão da floresta, às alterações climáticas e à conservação da natureza. A AMPSP destaca-se também pela capacidade de articular escolas, municípios, associações e comunidade, facilitando parcerias e garantindo que as atividades do projeto estão alinhadas com a realidade territorial.
 
Além disso, o conhecimento técnico acumulado pelo Parque, através de projetos como o LIFE Serras do Porto, POSEUR, Fundo Ambiental, ações de voluntariado e programas educativos como o Clube das Escolas, reforça a componente prática do OpenSchoolS, trazendo para o projeto metodologias já testadas e eficazes. As Serras do Porto participam ainda na co-construção das atividades, no apoio à sua implementação no terreno e na avaliação dos impactos obtidos, contribuindo para assegurar a continuidade e a relevância das práticas de open schooling após o término do financiamento. Com a sua participação, o projeto ganha maior solidez territorial, maior envolvimento comunitário e um contributo decisivo para uma educação mais participativa, sustentável e ligada ao território.

Serras do Porto – Valorização e adaptação dos rios Ferreira e Sousa às Alterações Climáticas, financiado pelo Fundo Ambiental

No âmbito do presente projeto foram executadas medidas que contribuíram para a concretização dos objetivos do P-3AC, com incidência nos ecossistemas ribeirinhos, de caráter demonstrativo e de replicabilidade. Criaram-se condições de melhoria da funcionalidade ecológica, hidrogeomorfológica e de qualidade ambiental dos rios Ferreira e Sousa, que levam ao fortalecimento da resiliência e redução das vulnerabilidades identificadas nas Estratégias Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas deste território em específico.

Este projeto teve duas componentes consideradas fundamentais nesta matéria, nomeadamente a monitorização microbiológica da água dos rios e da herpetofauna, especialmente vulnerável, permitindo ter uma noção mais concreta dos valores e das ameaças, o que é essencial para a definição das tarefas e recursos que será necessário afetar, neste que é um trabalho continuado, e as intervenções efetivas no terreno, abrangendo um total de 9km de margens ribeirinhas e implementando 3 Laboratórios Rios, com aplicação de diversas soluções técnicas de bioengenharia, o que, além dos benefícios diretos, trouxe também um conhecimento e uma experiência prática muito importantes e que ajudarão a alargar o campo de ação.

Em complemento, foi também dado particular ênfase à capacitação dos agentes locais, através da formação e da edição de um manual técnico, e à divulgação e sensibilização da comunidade, através da conceção e produção de diversos suportes, como cartazes para MUPI, biospots, vídeo de sensibilização e anúncio em jornais locais. Especialmente para o público escolar, desenvolveu-se uma exposição itinerante e um bloco de notas didático, além da aquisição de recursos úteis à abordagem destes temas. Um kit didático, incluindo dez fichas com sugestões de atividades, procura incentivar o envolvimento cívico e o voluntariado.

Considera-se que se concretizou um projeto extremamente ambicioso, num espaço de tempo reduzido e em circunstâncias excecionais motivadas pela pandemia, só possível com o elevado envolvimento dos três municípios abrangidos, escolas e demais intervenientes, assim como pelo profissionalismo das equipas dos prestadores de serviços. Este projeto demonstrativo de boas práticas motivará certamente outras iniciativas do género noutros locais, contribuindo para alargar o seu contributo para o P-3AC.

Serras do Porto – Valorização e adaptação dos rios Ferreira e Sousa às Alterações Climáticas, financiado pelo Fundo Ambiental

Esteve em curso até final de março de 2023 um projeto candidatado ao PO SEUR – Aviso “Prevenção, controlo e erradicação de espécies invasoras”, na tipologia de proteção da biodiversidade e dos ecossistemas, que contemplou intervenções de controlo de plantas invasoras em mais de 170 hectares do território do Parque das Serras do Porto, incidindo especialmente em acácias e háqueas, mas atuando também em núcleos ou exemplares isolados de erva-das-pampas, tintureira, robínia ou ailantos. Numa parcela demonstrativa de mais de 8 hectares, foram ainda plantados árvores e arbustos nativos, que apresentam uma boa taxa de crescimento.

Além das intervenções efetivas no terreno, o projeto englobou uma componente muito importante de comunicação e sensibilização, contou com a consultoria de especialistas em plantas invasoras e em solos e promoveu um elevado envolvimento cívico.

O investimento total ascendeu a 371 210,13 €, com uma taxa de financiamento que ronda os 96%, decorrente de majoração.

Link para a Ficha do Projeto

COFINANCIADO POR

Programa Metro Quadrado da LIPOR, financiado pelo Fundo Ambiental

Este projeto resultou de uma candidatura da LIPOR, mas teve incidência no Parque das Serras do Porto, tendo decorrido no final de 2019.

Há vários anos que a LIPOR, através do seu Programa Metro Quadrado, assegura a manutenção de cerca de dez hectares de áreas reflorestadas com espécies nativas no território do Parque das Serras do Porto, mas mais recentemente alargou o seu âmbito de colaboração com o nosso território, no decorrer do protocolo estabelecido com a Associação de Municípios que gere esta paisagem protegida regional.

Além da elaboração de um estudo com vista à implementação de um projeto de Sequestro de Carbono nas Serras do Porto, promoveu a expansão do Programa Metro Quadrado, contando para tal com o cofinanciamento do Fundo Ambiental. Neste âmbito, foram intervencionados mais de dez hectares de terrenos onde predominava o eucalipto e/ou espécies invasoras como acácias e háqueas, com o propósito de serem reconvertidos em floresta nativa e tendo em consideração o preconizado no Plano de Gestão para os Espaços Florestais Estratégicos, associados à estratégia de defesa contra incêndios.

Nessas novas áreas, que incluem desde margens de linhas de água a zonas de encosta, foi então efetuado o controlo das plantas exóticas e a adequada preparação do terreno, seguida da plantação de árvores como o sobreiro, o pinheiro-manso, o carvalho-alvarinho ou o medronheiro. De referir que numa das parcelas foram implementadas valas e bacias de retenção, que promovem em princípio uma maior irrigação das plantas, com benefícios expectáveis ao nível do seu crescimento – será efetuada uma monitorização comparativa das áreas intervencionadas, de modo a avaliar o custo-benefício da aplicação deste tipo de técnicas no contexto das nossas serras.

As árvores foram devidamente assinaladas com estacas e protetores e adubadas com Nutrimais, o composto natural produzido pela LIPOR na sua central de valorização dos resíduos orgânicos que são recolhidos nos municípios da sua área de atuação. Essa entidade não se comprometeu apenas com esta primeira intervenção, assegurando a manutenção das áreas durante pelo menos mais três anos.

Neste processo estão também envolvidos a Junta de Freguesia de Valongo e diversos outros proprietários que compreenderam a relevância deste trabalho em prol da gestão florestal e da biodiversidade. De facto, este projeto, além dos benefícios diretos que apresenta, assume um caráter demonstrativo e de capacitação, procurando incentivar mais proprietários e entidades a juntar-se nesta missão de expandir a floresta nativa no Parque das Serras do Porto.

Charnecas das Serras do Porto, financiado pelo Fundo Ambiental

O projeto «Charnecas das Serras do Porto – conhecer, capacitar, conservar», financiado em 2018 pelo Fundo Ambiental, incidiu no Sítio de Importância Comunitária “Valongo” e contribuiu para a conservação de espécies de flora e fauna protegidas, características do Habitat 4030 – Charnecas secas europeias, Habitat 4020 – Charnecas húmidas (matos higrófilos) e Habitat 91E0 – Florestas aluviais de amieiro e freixo.

Contemplou várias iniciativas complementares, nomeadamente:
>> caracterização pormenorizada das áreas de charnecas, em mais de 190 hectares, permitindo aumentar o conhecimento sobre o seu estado de conservação e o impacte das plantas invasoras;
>> gestão ativa de áreas piloto de charnecas e de margens de linhas de água, num total de 16 hectares, através do controlo de plantas invasoras como háqueas e acácias;
>> divulgação, sensibilização e capacitação de profissionais, estudantes e população em geral.

Mantém-se em itinerância pelas escolas e espaços municipais uma exposição sobre os tipos de habitat do Parque das Serras do Porto, com destaque para as charnecas e as ameaças à conservação, nomeadamente a expansão das plantas invasoras.

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