Monumentos
Sugere-se o contacto com monumentos e outros elementos edificados que ajudam a compreender melhor o território e o património, nas Serras do Porto ou imediações.
No território do Parque das Serras do Porto:
Capela de Nossa Senhora do Salto
A Capela de Nossa Senhora do Salto, evocativa da Senhora do Salto, é de planta retangular, constituída por dois corpos, capela-mor e nave, tendo sido alvo de ampliação. A construção é em quartzito e rebocada na maior parte das paredes. A entrada principal é precedida de um pequeno alpendre, sustentado por quatro colunas de construção recente. Na fachada, tem um painel de azulejo com a representação da Nossa Senhora do Salto. A envolvência tem sofrido várias reconstruções para acolhimento dos peregrinos, incluindo a construção de uma escadaria ao longo da encosta para facilitar o acesso. O orago está associado à lenda homónima, registada em 1874 pelo botânico Augusto Luso da Silva. Referenciada em 1623, foi alvo de intervenções no século XVIII e de ampliações diversas para criar condições para albergar os peregrinos.
GPS: 41.128728, -8.433758
Capela de Santa Comba
A Capela de Santa Comba, na freguesia da Sobreira, tem a imagem da Santa e está localizada numa zona aplanada num vale enquadrado por uma cordilheira de serras. Antes, terá existido outra capela mais pequena ainda, posteriormente ampliada, construída no lugar da Ribeira de Além, antes de ser deslocada para o local atual. O vale ficou conhecido como Vale da Santa e é um lugar muito ligado à ocupação árabe, havendo referência a algumas lendas sobre Santa Comba. No entanto, não se sabe concretamente qual a história ligada à construção desta capela. Sabe-se que Santa Comba era orago na época e reza a lenda que terá sido martirizada durante as invasões dos mouros, no século X. É a advogada das dores de barriga e há vários ex-votos em cera oferecidos como agradecimento pela cura concedida. Deve referir-se que o local teve ocupação romana, por ali ter havido trabalhos de exploração mineira e existirem vários vestígios de explorações de ouro nas serras que o rodeiam. Relacionado com a ocupação romana neste território há ainda duas Aras votivas, testemunho das suas práticas funerárias, visitáveis no interior da Capela.
GPS: 41.111906, -8.399813
Capela de Santa Isabel
A Capela de Santa Isabel é de planta retangular, tem fachada revestida a azulejos policromados, rematada por cunhais de granito rematados em forma de capitel e encimados por pináculos. A porta principal é em arco redondo, tem aduelas assentes numa imposta quadrangular e fecho saliente, encimada por uma fresta de padieira arqueada e emoldurada por granito. O frontão triangular do telhado, emoldurado por cornija de granito, tem uma cruz de pontas enriquecidas, assente numa base quadrangular no vértice central. Na lateral esquerda, destaca-se do telhado um pequeno campanário de um só arco, por cima de uma porta que dá acesso ao coro. Nesta lateral, foi anexado um alpendre que resguarda o acesso à sacristia. Referenciada já em 1623, sofreu bastantes reconstruções até aos nossos dias.
GPS: 41.098827, – 8.431284
Capela de São Sebastião
A Capela de São Sebastião é de planta retangular, profundamente alterada. Tem cobertura de duas águas, com prolongamento e acrescento de um avançado do lado esquerdo, onde se encontra adossado um alpendre de placa que protege a porta principal de verga reta. É encimada por uma cruz vazada, ladeada por dois painéis de azulejos com figuras bíblicas. As paredes são pintadas de branco com uma faixa acastanhada a definir um rodapé. Do lado direito, destaca-se torre sineira de granito, subdividida em dois lanços por um ressalto. No primeiro, os vãos arqueados de passagem são vazados para dois lados. Referenciada já nos séculos XVII e XVIII, da sua antiguidade permanecem apenas alguns elementos.
GPS: 41.128049, -8.446391
Capelas de Santa Justa e S. Sabino
Localizada no topo da serra com o mesmo nome, encontra-se a Capela de Santa Justa, datada de 1936. Possui planta retangular, nave única, telhado de duas águas, rematados por pináculos boleados. A fachada principal tem nártex de onde nasce a torre sineira quadrangular, coberta por telhado piramidal, encimado por esfera e cruz. A torre assenta em colunas dóricas, em betão, e nela abre-se uma fresta e as aberturas para os sinos. Integrada na mesma área de lazer mas um pouco mais abaixo, já na encosta oeste, encontra-se a Capela de S. Sabino, protetor dos deficientes. Foi bispo de Sevilha até 304. Deceparam-lhe as mãos por ter retirado os corpos, de St.ª Justa e de sua irmã St.ª Rufina, do poço para onde tinham sido lançados os seus restos mortais, e sepultou-as no cemitério cristão. De planta retangular, nave única, telhado de duas águas com cruz no vértice. Esta capela, a primitiva dedicada a Santa Justa, foi edificada no séc. XI e sofreu restauro e ampliação em 1870. Em 1998 foi requalificada e dedicada a S. Sabino.
Morada: Rua Santo Sabino e Rua Padre Santos Loureiro | 4440-690 Valongo
E-mail: paroquia.valongo@gmail.com
Tel.: 224 210 822
GPS: 41.177778, -8.49778
Igreja de S. Romão
A Igreja de S. Romão tem a fachada principal revestida a azulejo, delimitada por pilastras de cantaria que rematam na forma de capitel, encimados por coruchéus. O frontão triangular do telhado tem no vértice central uma cruz de pontas enriquecidas, assente numa base quadrangular. Do lado esquerdo, está anexa uma torre, subdivida em três lanços e delimitada por pilastras rematadas no topo superior por pináculos piramidais. No primeiro lanço, tem uma janela retangular vertical; no segundo um óculo circular e no terceiro as ventanas sineiras. Esta igreja terá sido construída no século XVII, na sequência do abandono da primitiva, que se localizaria junto ao castelo. Durante o século XX, realizaram-se várias obras de restauro.
GPS: 41.099220, -8.431367
As Casas de Pátio Fechado, muito características em Alvre mas com exemplos noutros lugares, são construções definidas por pátio ou quinteiro fechado, à volta do qual se dispõem as construções habitacionais e as cortes para os animais e para depósito de alfaias agrícolas. Na construção, destaca-se o xisto nu, as paredes espessas e as coberturas de duas águas e algerozes em placas de lousa, assentes sobre as paredes. É comum a existência de padieiras, ombreiras e os cunhais de granito. Com janelas pequenas, o acesso ao interior é feito por uma larga porta, a tradicional porta fronha, que se abre num simples muro, com coberto de duas águas.
GPS: 41.130854, -8.416980 (Alvre)
O Couto Mineiro das Banjas situa-se na margem direita da ribeira de Santa Comba, onde existe um conjunto de estruturas em ruínas relacionado com a gestão e tratamento do minério, designadamente, instalações dos escritórios, residências, fornos e tanques de lavagem. O auge de laboração terá acontecido nas primeiras décadas do século XX.
GPS: 41.097834, -8.384512
A Mamoa de Brandião é um monumento funerário pré-histórico, com 18 metros de diâmetro, câmara circular e corredor com orientação nordeste, de esteios em quartzito. Fruto de vandalização, apresenta uma cratera central com 150 cm de profundidade. Monumentos semelhantes foram identificados em Broalhos, na freguesia de Medas, Gondomar.
GPS: 41.091015, – 8.429446
Os moinhos situam-se nas margens dos rios Ferreira e Sousa, neste sobretudo na zona do Salto e junto da Torre do Castelo. São estruturas de planta retangular, em xisto nu, com coberturas de duas águas e remates em lousa. Na zona do Salto, podemos hoje encontrar alguns destes moinhos recuperados para habitação, alguns deles ainda moinhos em funcionamento.
As casas de moinho e os açudes, ao longo dos rios Ferreira e Sousa, resultam num aproveitamento da força das suas águas para atividade moageira que, em paralelo com a produção agrícola, humanizam esta via fluvial.
Sr.ª do Salto </stron– GPS: 41.128329, -8.434275
Classificado como Monumento de Interesse Público e integrando a Rota do Românico, o castelo de arquitetura militar medieval situava-se na rede defensiva de um território a que os reis asturianos deram particular atenção. Foi atacado, no ano de 995, por Almançor, no seu avanço para Braga e Compostela, no contexto da Reconquista Cristã. A sua implantação revela as preocupações defensivas, por ser de difícil acesso e rodeado de montes mais altos que lhe retiram visibilidade. Está implantado no que resta de uma antiga estrutura fortificada, com uma torre descentrada face à muralha de planta oval. Este importante monumento encabeçou uma Terra na reorganização do território do século XI e, já no século XIII, o importante Julgado de Aguiar de Sousa, um dos mais poderosos do Entre-Douro-e-Minho, que se estendia do Porto até Penafiel, incluindo as freguesias do atual concelho de Paredes, com a exceção de Recarei, além de mais 42 freguesias dos concelhos limítrofes.
GPS: 41,123975, -8,437653
Nas proximidades:
Edifício classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 2010, a antiga Central de Captação de Água da Foz do Sousa foi uma fonte de abastecimento de água do Porto durante cerca de cem anos.
Na sua origem está o decreto real de 1855, que aprovou o contrato com a Compagnie Générale des Eaux pour l’Étranger para a construção de obras de captação, elevação, transporte e distribuição ao domicílio das águas dos rios Sousa e Ferreira, erguendo-se, entre outras estruturas, a Central-do-Sousa.
A fragilidade desta estrutura levou a diversas beneficiações em finais dos anos vinte do século XX, até que a edificação da Central Elevatória de Lever conduziu à sua desativação.
Igreja Matriz da Foz do Sousa
Templo cuja origem temporal se desconhece; sabe-se, no entanto, através das Memórias Paroquiais, que em 1758 esta igreja já existia. De aparência exterior muito simples, possui um interior riquíssimo com destaque para o altar-mor em talha dourada de estilo nacional, a pia batismal do séc. XVI, os azulejos do séc. XVII e o órgão de tubos, ainda operacional.
GPS: 41.1356078, -8.5892775
Igreja Matriz de Melres
Templo do séc. XVIII, remodelado no séc. XIX. Junto à porta principal existem marcas que assinalam as cheias – destaque para a marca do nível atingido pelo rio na cheia de 23 de dezembro de 1909.
GPS: 41.068638, -8.401653
Igreja Matriz de S. Pedro da Cova
Templo dedicado a S. Pedro, de linhas modernas (1963) [Gabinete de Arquitetura ARS] Estatuária da autoria de Irene Vilar e a Tapeçaria de Beiriz da Autoria de Amândio Silva.
GPS: 41.153540, -8.508396
Casa senhorial de estilo barroco. Foi mandada construir pelo morgado de Vilar de Perdizes, no início do séc. XVIII. Dispõe de uma capela privada em honra da N.ª Senhora da Vitória.
A propriedade onde está implementado este imóvel encontra-se, atualmente, adaptada para utilização hoteleira (acolhimento de eventos).
GPS: 41.069015, -8.403800
Símbolo da atividade mineira, esta estrutura vertical construída em betão, destaca-se pela forma esmagadora como domina a paisagem de S. Pedro da Cova. Elemento pertencente à arqueologia industrial de Gondomar, é constituído por treze pisos e a sua função era apoiar, na parte superior, grandes roldanas, as «andorinhas», nas quais deslizavam cabos de aço, que depois desciam até ao poço
GPS: 41.155465, -8.5038208
A Ponte de Alvre é uma ponte rural que transpõe o rio Sousa e foi durante muito tempo a única passagem das populações de Santa Comba e Alvre. Faz ligação às Banjas e é uma ponte em cantaria e em alvenaria, com quatro arcos, os centrais quebrados e com talha mares. Sofreu reconstruções devido a consequências de cheias, designadamente no tabuleiro e guardas.
GPS: 41.133222, -8.418959
Projetada pelo Engº Edgar Cardoso, esta ponte em betão serviu de ensaio para a construção da Ponte da Arrábida, junto à foz do Douro.
GPS: 41.087948, -8.520133
Um dos mais importantes exemplares da arquitetura civil do Concelho de Gondomar.
Esta Quinta foi adquirida pela Câmara Municipal de Gondomar em 13 de janeiro de 1992, sendo posteriormente restaurada sob a orientação do arquiteto Carlos Fonseca. Atualmente, neste imóvel, funcionam os serviços da Junta de Freguesia de Melres.
De salientar os tetos em talha de estilo barroco, do séc. XVII, mandados construir pelo 3º morgado da Quinta, Manuel da Cunha Coutinho de Portocarrero.
GPS: 41.067928, -8.403386